A vida que não vai por querer ser o que não é
A vida que me dá sem eu saber se quero ter
A vida que se vive é além da que se crê
Somente distraído para perceber
Meu dever é meu devir
O meu partido é meu inteiro
Meu diploma é de pluma
E eu me formo em fevereiro
A minha propriedade é a minha própria idade
Se a verdade invade a vaidade há de ir
Troque suas gavetas por gaivotas e cometas
Troque seus temores por tremores de amores
A meta só se acertar quando a seta não é reta
A vida é o que se leva não o que se carrega
O que já não se quer
O que já não se é
O que já não se tem
O que não pode ser
O que já não se quer
O que já não se é
O que já não se tem
O que já pode ser